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Ministro Paulo Bernardo |
“Banda larga popular” já está
valendo no Brasil, entretanto, seu custo está acima do negociado entre teles e
governo. Inicialmente previsto conexões de 1Mbps por R$35, ainda que com
distintas abordagens, Oi, Telefônica e Sercomtel incluem no pacote taxas de
habilitação. Enquanto na Sercomtel isso significa R$ 50 a mais na primeira
mensalidade, na Oi o valor de R$ 99 foi dividido em 10 vezes – o que faz, nesse
período, com que os R$ 35 virem R$ 44,90. Tem também a Telefônica que prevê uma
cobrança de R$ 150, também sob a forma de taxa de habilitação, mas utiliza o
valor como uma forma de fidelização – o cliente só paga caso cancele o serviço
antes de o contrato completar um ano. Como atua em São Paulo, onde há isenção
de ICMS para banda larga “popular”, a assinatura é de R$ 29,80. Entretanto, a
própria empresa deixou claro, no entanto, que a oferta nos moldes do acordo se
dará por meio da venda conjunta com telefonia fixa, ou seja, um pacote de R$ 65
– ainda que “promocionalmente” o valor anunciado pela Telefônica R$ 57,30. Quem
quiser comprar apenas acesso a internet deve fazê-lo através da Vivo, que já
possuía oferta de R$ 29,90.
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Lan House Comunitária - Renascer Brasil |
Não vou nem dizer de outro drama
que é a questão da velocidade. Nos termos de compromisso assinado com as teles
para a oferta da "banda larga popular", dentro do PNBL, o ministério
concordou com a possibilidade de redução da velocidade de conexão quando o
consumidor atingir o limite de download definido no pacote. Até ai, nenhuma
novidade. O problema é que não ficou estabelecido até quanto essa redução
poderá chegar. O documento informa apenas que a empresa poderá "reduzir
temporariamente a velocidade do serviço, desde que tal redução não impeça a
fruição do serviço pelo consumidor para aplicações básicas". Ou seja, provavelmente
é por isso que os pacotes lançados para a banda larga popular trazem reduções
de velocidade que chegam ao absurdo de conectar o consumidor a 16 kbps, ou
seja, condições de “aplicações básicas”, e coloca básico nisto! Infelizmente, apesar da entrada das teles no PNBL, está garantido que nada vai mudar. A banda larga no
Brasil continuará a ser cara, concentrada e lenta.
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II Encontro Nacional de Blogueiros |
Mantenho a minha sugestão dada ao Ministro Paulo Bernardo no II Encontro Nacional de Blogueiros que ocorreu em Brasília no meio do ano [outros blogueiros poaenses estiveram lá comigo] e faço uma “outra” proposta
de banda larga para os mais pobres. Na verdade, a banda larga para os mais
pobres já existe numa espécie de inclusão digital informal - quase 31 milhões
de brasileiros utilizam os serviços das 180 mil lan houses do país. Vale
lembrar, que pelo menos pra quem deseja evitar desperdícios, este serviço
poderia crescer ainda mais e claro, com pouco dinheiro. Um plano de apoio à rede
de lan houses, transformando-as em centros comunitários digitais seria o mais
econômico e ao mesmo tempo uma ótima proposta para efeito imediato. Inclusive,
em algumas cidades, existe o vale-internet - o aluno da rede municipal recebe o
vale e pode gastá-lo numa lan house qualquer previamente cadastrada que
disponibiliza um professor plantonista de informática. Esta sugestão é simples,
não tem a grandiosidade marqueteira de oferecer banda larga para todos, mas por
ser barata e rápida, pode ajudar urgentemente na inclusão digital dos mais
pobres.
Paulo Bernardo no II Encontro Nacional de Blogueiros, assista:
Muitas verdades em questão... Já utilizei esse pacote da VIVO e realmente quando, se alcança o limite do pacote e a velocidade da conexão cai... ela cai de uma forma... fatal, nenhum ser humano teria a paciência necessária pra esperar tanto o carregamento seja do que for!!! E quanto as lan houses serem transformadas em centros comunitários digitais seria super válido, senão fossem os hackers mal intencionados que irritantemente, iriam fazer a festa literalmente... Mas ficar a margem da era digital, nos dias de hoje é humanamente impossível...
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