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Foto: Andero Gomes |
Assim que acordou da cirurgia de reconstituição facial,
realizada no sábado, o estudante Vítor Suarez Araújo —que foi agredido por
cinco jovens ao defender um morador de rua na Ilha do Governador, na última
sexta-feira —quis logo saber o que havia acontecido com mendigo que ele ajudou
a proteger. Sem demonstrar sentimentos de revolta ou raiva, Vítor se recupera
da agressão sofrida com otimismo e só pensa em voltar para casa, segundo a mãe
do rapaz.
Meu filho perguntou se o morador de rua
estava bem. E não quer saber de vingança ou revanchismo. Ele só quer melhorar
logo para poder retomar sua vida — disse, emocionada, a assistente social
Regina Suarez, que também busca informações sobre o paradeiro do morador de rua
agredido:
— Gostaria que ele recebesse tratamento médico adequado, já
que também foi espancado, e que servisse de testemunha no caso. Seria muito
importante para nós!
Vítor teve implantadas oito placas de titânio e 63 parafusos
na cabeça. Quando questionada sobre seu sentimento em relação aos jovens
agressores que quase mataram seu filho, Regina demonstrou não sentir ódio:
— Quero que a justiça seja feita e que este caso não caia no
esquecimento, mas não sinto ódio dos agressores.Tenho pena deles, porque são
jovens com futuros promissores, mas que estragaram suas vidas.
O amigo de Vítor que testemunhou o espancamento, Kléber
Carlos da Silva, prestou depoimento na tarde de domingo e afirmou ter
identificado outro agressor.
— Reconheci mais um dos agressores, e a polícia vai
investigar. Tenho um pouco de medo de sofrer represálias, por isso estou me
resguardando e saindo pouco de casa — disse Kléber.
A repercussão do caso ganhou força nas redes sociais. A mãe
de Vítor tem recebido manifestações de solidariedade de todo o país:
— No Facebook, já recebemos centenas de mensagens de apoio
de pessoas de vários estados. Inclusive de pessoas que também foram vítimas de
agressão. Isso tem sido muito confortador.
Punição para os agressores!!
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