13 de mai. de 2012

EU AINDA SOU AQUELE MENINO, MÃE


MÃE

Eu ainda sou aquele menino que brincava de “escurão” e escondia dentro do guarda roupas para ninguém me achar.

Eu ainda sou aquele menino que quando fazia gol, a senhora dizia acabou e mandava eu entrar!

Eu ainda sou aquele menino que não via a hora de chegar a reunião de pais e mestres para as notas a senhora elogiar!

Eu ainda sou aquele menino que guardava inúmeras bisnagas na mochila para ficar comendo a manhã inteira durante a aula e até para casa algumas queria levar.

Eu ainda sou aquele menino que foi com pés descalços para padaria só para impressionar. 

Eu ainda sou aquele menino que para defender a irmã, disse que no lugar dela podia me colocar para umas chineladas tomar.

Eu ainda sou aquele menino que gostava de tomar banho dentro do tanque nos dias que tinham roupas para lavar.



Eu ainda sou aquele menino que a senhora ensinou ler a bíblia e orar.

Eu ainda sou aquele menino que seguiu tímido para o primeiro dia de aula e não sabia onde tinha que ficar.

Eu ainda sou aquele menino que pulou de alegria quando conseguiu assobiar e andar de bicicleta pela primeira vez.

Eu ainda sou aquele menino que não gostava de jiló.

Eu ainda sou aquele menino que comemorou muito quando deixou o lápis para escrever com caneta e o caderno brochura para usar o espiral.

Eu ainda sou aquele menino que chegou chorando em casa porque não entendia expressões algébricas e a senhora foi me ensinar.

Eu ainda sou aquele menino que subia na laje de casa para ficar só e na vida pensar. 

Eu ainda sou aquele menino que chorava para não lavar a louça depois do jantar.

Enfim, eu ainda sou aquele menino que pedia a presença da senhora até a bronquite passar. 

Lamento muito se não consigo impressionar os adultos que hoje me rodeiam, mas ainda sou seu menino, mãe. 

E isso é o que realmente importa no mundo!

Com este texto felicito todas as mães e filhos de Poá, de São Paulo, do Metrô de SP e do Brasil! 

Feliz dia das mães!

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