11 de jan. de 2012

Reino da Garotada


Vez por outra, lembro-me dos primeiros passos na oficina. O avental azul, as bancadas, as roldanas, os condutores, as ferramentas, os circuitos elétricos. Também nunca me esqueço do cheiro delicioso que vinha da panificação e que tomava conta das nossas narinas quando estávamos encerrando as atividades da manhã. 

Ótimos tempos aqueles para um adolescente cheio de sonhos e que encontrou no aprendizado de uma profissão um primeiro passo para realização de todos eles. No Reino a gente vivia não apenas com a felicidade do presente, mas com a garantia de que existiria um futuro.

Depois de seguir carreira acadêmica na área, quando me deparo com uma planta de circuitos elétricos, muito comum aqui no Metrô de SP, a primeira coisa que me vem à cabeça para dizer a todos que contribuíram e que ainda contribuem direta e indiretamente com o Reino da Garotada não é muito original. No entanto, se estas palavras pecam pela falta de originalidade, não pecam pela falta de sinceridade: M-u-i-t-o O-b-r-i-g-a-d-o! 

Que o Reino continue sendo este farol para muitas crianças e adolescentes, que aceso no alto nunca se apaga, em proveito da inclusão social, da cidadania e educação dos menos favorecidos.



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