Vez por outra, lembro-me dos primeiros passos na oficina. O
avental azul, as bancadas, as roldanas, os condutores, as ferramentas, os
circuitos elétricos. Também nunca me esqueço do cheiro delicioso que vinha da
panificação e que tomava conta das nossas narinas quando estávamos encerrando
as atividades da manhã.
Ótimos tempos
aqueles para um adolescente cheio de sonhos e que encontrou no aprendizado de uma
profissão um primeiro passo para realização de todos eles. No Reino a gente vivia não apenas com a felicidade do presente, mas com a garantia de que existiria um futuro.
Depois de seguir carreira acadêmica na área, quando me deparo com uma planta de circuitos elétricos, muito comum aqui no Metrô de SP, a primeira
coisa que me vem à cabeça para dizer a todos que contribuíram e que ainda contribuem direta e
indiretamente com o Reino da Garotada não é muito original. No entanto, se
estas palavras pecam pela falta de originalidade, não pecam pela falta de
sinceridade: M-u-i-t-o O-b-r-i-g-a-d-o!
Que o Reino continue sendo este farol para muitas
crianças e adolescentes, que aceso no alto nunca se apaga, em proveito da
inclusão social, da cidadania e educação dos menos favorecidos.
0 Comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário! Saulo Souza