10 de jan. de 2012

Xeque Mate


Jaqueline Luciano de Oliveira, 26 anos,  mãe de três filhos, grávida do quarto, minha colega de classe nos anos iniciais do ensino fundamental na Escola Estadual Elias Zugaib, em Poá, São Paulo.

Aos 10 anos ainda não sabia ler nem escrever e era considerada a pior aluna da classe pela professora, além de sofrer bulling todos os dias por ser negra e pobre. Ainda assim, dizia sempre que um dia iria vencer na vida e ajudar sua mãe e as demais irmãs.

Ontem a tarde, em Poá, na Vila Amélia, num terreno baldio, o corpo dela que era usuária de drogas há muitos anos foi encontrado. O crack mais uma vez deu seu xeque mate.

O corpo estava nú, a barriga estava aberta e ao lado do corpo, estava o feto de sete meses. Infelizmente, ela não conseguiu cumprir o que prometera.

O que você vai fazer com esta história para que outras pessoas não embarquem nesta viagem triste que é o crack é por sua conta.

5 Comentários:

  1. É muito triste, falta Deus no coração das pessoas, espero que Deus possa alcançar a vida de cada um, e que através de nossas vidas possamos levar o nome de Jesus a todos que ainda não o conhecem.

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  2. Muito triste Re. Longe de Deus o humano mostra a "monstruosidade"!

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    1. Como assim?????
      Que comentário preconceituoso e estúpido.
      Sou ateu e quero que me mostre indícios de minha "monstruosidade"
      Estou sim longe de seu deus e de qualquer outro dos milhares que existem nas mitologias por aí a fora.
      Religião ou religiosidade não definem caráter de ninguém, a esmagadora maioria dos detentos são cristãos. Assassinos, estupradores, traficantes, assaltantes presos e dando glória a deus em cultos na cadeia. Não generalizo pois sei que a maioria dos cristãos não são bandidos nem são preconceituosos assim como você. Desculpe se fui rude, mas você deu mancada

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  3. Baixem as armas, evangélicos. Baixem o tom, mulçumanos. Ateus e agnósticos, optem pela brandura. Dialoguemos.

    Todo mundo já se cansou de guerras. Prefiramos ouvir a multicolorida sinfonia de Bach à cadência monótona dos hinos marciais.

    Temos tanta injustiça para enfrentar, tanta desigualdade para se combater, tantos sem vez para defender.

    Não criemos mais uma guerra porque achamos nosso gorjeio, o mais afinado.

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  4. Jorge, o termo "longe de Deus" jamais teve intenção de ser agressivo, provocador ou preconceituoso. Usei basicamente no semioticismo como uma questão de valores.

    Cada um tem uma paisagem de sua janela. Eu não posso me paramentar pelo Budismo, pois não conheço.

    Então, quando eu fiz a afirmação, não quis colocar nem acima nem abaixo quem acredita em Deus, mas apenas expor um ponto de vista de forma figurada baseado em valores, pensamentos e concepções particulares.

    Só isso.

    Sugestão de leitura:

    "Semiótica Russa", TRÍAS, E. Pensar a religião: o símbolo e o sagrado. In: DERRIDA, J. & VATTIMO, G. (orgs.). A religião. São Paulo: Estação Liberdade, 2000.

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Obrigado pelo seu comentário! Saulo Souza