O salário mínimo do trabalhador no País deveria ter sido de
R$ 2.383,28 em maio a fim de suprir as necessidades básicas das famílias
brasileiras, como constata a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada nesta
segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese).
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de
R$ 283,69 em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas
familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário,
higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido
3,83 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 622,00.
O valor estimado pelo Dieese em maio é maior do que o
apurado para abril, quando o mínimo necessário foi calculado em R$ 2.329,35 ou
3,74 vezes o mínimo atual. Há um ano, o salário mínimo necessário para suprir
as necessidades dos brasileiros era de R$ 2.293,31, o equivalente a 4,21 vezes
o mínimo em vigor naquele período, de R$ 545,00.
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho
necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em
maio deste ano, o conjunto de bens essenciais aumentou na comparação com o mês
anterior, mas caiu significativamente em relação a igual período de 2011.
Na média das 17 cidades pesquisas pelo Dieese, o trabalhador
que ganha salário mínimo necessitou em maio cumprir uma jornada de 88 horas e
21 minutos, enquanto o tempo exigido em abril era de 85 horas e 53 minutos para
realizar a mesma compra. Já em maio de 2011, a mesma compra necessitava de 95
horas e 16 minutos. [Fonte:R7]
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