Voto é, sobretudo, confiança! É um pouco complexo explicar como a gente confia
em x, mas não confia em y.
Definitivamente, vivemos numa sociedade que não é possível confiar em ninguém.
Entretanto, para nossa vida ser minimamente viável, precisamos confiar em algumas
pessoas e a confiança só amadurece a partir de relacionamentos que são
desenvolvidos com tempo, diálogo e proximidade.
Assim, pode-se existir muitos médicos,
mas todo mundo procura um médico de confiança que receita não para promover
laboratório mas porque cuida da saúde dos clientes como se fossem amigos. Você
acaba se reconhecendo como um verdadeiro amigo do seu médico.
Pode-se existir também muitos advogados, mas todo mundo procura ter um advogado
de confiança que defende e atua numa questão como se fosse de alguém da sua
própria família. Sem contar da certeza que o cliente tem de que seu advogado vai
receber apenas a parte que lhe cabe no processo e nada mais! Você acaba se
reconhecendo como um verdadeiro amigo do seu advogado.
Pode-se existir ainda muitas domésticas, mas todo mundo vai procurar uma
doméstica de confiança que vai cuidar da sua casa como se fosse a sua própria
casa e quase sempre depois de muitas indicações. Assim, você acaba se reconhecendo como um verdadeiro amigo ou amiga da sua doméstica.
É neste sentido que em tempos de desconfiança generalizada, devemos encarar o
processo eleitoral. O eleitor precisa desenvolver relacionamento com o
candidato. Tempo, diálogo, proximidade, olho no olho são indispensáveis para a confiança
em alguém ganhar maturidade.
O papel aceita tudo! Aceita a foto, a história, as promessas do jeito que o
candidato contar! No processo eleitoral também, os ânimos competitivos ficam exaltados, a maioria dos candidatos e seus apoiadores acabam por trocar ofensas e acusações entre si! Então, imagine você, Em Poá, por exemplo, são 7 candidatos a prefeito e 352
candidatos a vereador, como definir seu voto? Como saber quem diz a verdade?
Um cavelete, uma placa, um santinho na rua, um jingle, uma acusação, um proselitismo favorável ou contra, não! Não tem nada de
nobre em escolher o candidato por qualquer uma destas opções. Claro, a publicidade
auxilia o eleitor a conhecer os candidaturáveis, mas o voto tem que ser dado a
partir de um relacionamento de proximidade, de contato, de diálogo, de
história, de família, de valores, de opiniões, enfim, de relacionamento e confiança com ele!
Ou seja, de tudo que faz ele ser uma pessoa como qualquer outra e que de uma
forma inexplicável você passa a confiar nele, afinal, por mais ponderações que
se possa fazer a respeito do votar através da confiança, não tem como fugir, a confiança é um
ato de fé, e esta quase que dispensa raciocínio!
Esta é a parte mais especial da democracia, a possibilidade de você, diante da urna, escolher uma pessoa que só você realmente sabe o porque ela merece seu voto, merece sua "entrega"!
Esta é a parte mais especial da democracia, a possibilidade de você, diante da urna, escolher uma pessoa que só você realmente sabe o porque ela merece seu voto, merece sua "entrega"!
Desejo sucesso ao eleitor na escolha do seu candidato!
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Obrigado pelo seu comentário! Saulo Souza